Pra não dizer que não falei das flores, das dores e de um dos maiores músicos, poetas, compositores e quem sabe "revolucionários" brasileiros, por mais que o mesmo rejeite o ultimo dos títulos. Geraldo Vandré é uma das maiores personificações do verdadeiro espírito brasileiro.
A verdade é que mesmo com intenção ou não, sempre inspirou revolução através de sua arte. Tanto que a própria ditadura temia o poder de sua canção popular. Vandré também é um dos ícones mais enigmáticos do Brasil, depois de se exilar na época da ditadura, passou a só fazer músicas de amor, chegou a homenagear a força área brasileira, o que impressionou a todos devidos seus antigos problemas com militares e depois se impôs um voto de silencio e uma espécie de "auto-exílio" artístico. Vandré chegou a quebrar o silencio em uma entrevista onde revela que não fazia protesto, fazia musica popular, falava sobre a verdade em sua música. E que parou de fazer musica por que o Brasil de hoje não é o mesmo de sua época e sofre um processo de massificação e com a falta de um "cenário artistico no Brasil". Chegou a falar também que se sente inútil, pois arte é cultura inútil e ele como artista é muito mais inútil pois se formou em leis em um tempo sem lei. Bem está ai mais um protesto, mesmo que não intencional (como ele gosta de afirmar) muito sábio, mesmo estando "louco", "lobotomisado" ou "auto-exilado mentalmente", como muitos adoram especular.
Ainda assim ele continua uma das personalidades que mais inspiram os artistas que tentam expor a verdade, o cotidiano, e a alma brasileira em sua arte. Geraldo Vandré sempre será influencia para mc's, sambistas, cantores, compositores, dj's, poetas ou seja artistas enfim.
Bem eu particularmente (acho que como muitos compartilham minha opinião) gostaria de ver Geraldo Vandré voltar a cantar os amores, as dores, as lágrimas e os sorrisos dessa terra tropical que por mais que mude sempre terá a mesma raiz. Geraldo deve ter seus motivos (que não os conspiratorios) para se exilar da mídia contemporânea, devemos respeitar sua atitude e jamais julga-la pois ele já fez sua parte e não deve nada a ninguém. A arte é eternamente grata a Geraldo Pedroso de Araújo Dias .
Biografia
Geraldo Vandré, foi um nome artístico utilizado por Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) até 1968 e pelo qual continua sendo conhecido até a atualidade. Atualmente Geraldo é um advogado e um cantor e compositor brasileiro. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo, de quem ele herdou o sobrenome abreviado para Vandré.
Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Marta. O nome artístico Vandré é uma abreviatura do segundo nome do pai.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual se formou em 1961. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em 1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outras.
Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque.
Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não Dizer que não Falei das Flores ou Caminhando. A composição se tornou um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante os governo militar, e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. No festival a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelas pessoas presentes no festival, exigindo que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré.
Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores após do fim da censura.
Hoje Geraldo Vandré reside na cidade de Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina. Em 2010 concedeu uma polêmica entrevista a Geneton Moraes Neto, criticando o cenário cultural brasileiro desde os anos 1970 e afirma que seu afastamento da musica popular não foi causado pela perseguição sofrida pela ditadura militar.
Após o exílio, Vandré demonstrou ter mudado de opinião política, deixando de criticar o regime vigente no Brasil à época, e expressando simpatia as Forças Armadas. Logo após o Retorno ao Brasil, Vandré compôs a canção "Fabiana", em homenagem à Força Aérea Brasileira.
Geraldo Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, atuando como advogado. Tal afastamento foi alvo de inúmeros boatos que vinculavam sua descrença na esquerda, sua mudança ideológica e seu abandono da vida artistica a supostos atos de tortura que teriam sido infligidos a Vandré pelo governo militar. O próprio Vandré na entrevista de 2000 afirmou ter se exilado por vontade própria, e disse ter abandonado a carreira artistica devido ao fato de que a imagem de "Che Guevara Cantor", pregada nele pela esquerda, abafa sua obra.
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- Geraldo Vandré - Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores (Ao Vivo)
- Geraldo Vandré - Fica Mal com Deus
- Geraldo Vandré - Aroeira
- Geraldo Vandré -De Serra, de terra e de mar
- Homenagem Por Zeca Baleiro - Geraldo Vandré
doidera mesmo irmão
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