Em um entardecer de Sexta feira no interior de SP, sentados
em uma mesa de um Clube da cidade, alguns jovens começam a contar sua historia
de maneira simples e despojada, mas dizem que quanto mais simples são as
coisas, mais belas elas são e essa é em minha opinião sobre a trajetória do
grupo Connexão 017, vamos La, 017 DDD de São Jose do Rio Preto e região, dois
irmãos, amigos, ao todo quatro Mcs mais a equipe de suporte dão corpo ao grupo
talentoso que tem em mente a resposta do seu trabalho duro, a evolução. Percebe-
se nas letras e levadas que eles não estão aqui para ser apenas uma onda que irá
ser levada pela maré...
Nosso bate papo de 2 horas e meia aproximadamente revelaram
planos, sonhos e o presente do grupo que esta planejando lançar em breve seu
EP, as perguntas básicas foram em torno do que eles almejam e como se deu a
formação do grupo, gosto sempre de começar de trás para frente, para bagunçar o
negocio e então vamos lá:
O Videomaker e fotografo do grupo: Pedro, um cara plantado, Pé no chão conversou sobre programas que usa de edição e mostrou uma relação bem profissional além da amizade que tem para com o grupo, apesar de serem jovens, em média 22 anos para baixo, eles contam com uma equipe e tanto, para dar suporte para esse talento todo, ele diz que aprendeu a mexer em programas áudio visual sozinho e que planeja cada vez mais se aprimorar além de uma vontade de cursar uma graduação na área áudio-visual, esta envolvido na parte de arte visual e produção , atenção , quem quiser contar com o trabalho do Pedro , ta em tempo, porque vou logo avisando, esse cara vai longe, ele é o produtor do clip “Um trago de Rap”
Gordão: uma espécie de conselheiro, avaliador e também faz
parte do grupo há muito tempo segundo o pessoal, toda e qualquer informação relacionada
ao grupo passa por ele de forma que a confiança e o conhecimento dele possa se fazer
presente para o desenvolvimento dos novos projetos dos rapazes, sempre tive
comigo essa concepção de que um trabalho rodeado de amigos é a melhor forma de
ser auto critico.
Agora sim vamos falar dos MCS
Gustavo* : pessoa bacana de se conversar e alegre se fosse
jogador de futebol, seria estilo meio de campo, sabe usar bem as palavras e tem
um irmão que também participa do grupo, pelo seu jeito de conversar e até onde
acompanhamos nas letras rima e leva a musica muito bem, eles contaram que se conheceu
em uma escola e começaram a escrever rap desde cedo, e com isso veio à paixão
pelas batidas, musica e ideologia, falaremos mais dessa técnica nos últimos parágrafos.
Lucas *: lukinha é como se fosse o camisa 9, goleador, na
faixa um trago de Rap ele domina as palavras e age como um dinossauro , “é notável
o que falaram da gente , sobre como a gente evoluiu e isso não subiu para a
cabeça, a gente apenas quer trabalhar em silencio e no momento certo mostrar o
nosso trabalho sem desrespeitar ninguém” ele disse isso em nossa entrevista. E também
contou que participou de saraus na cidade de rio preto , além de fazer rap
desde mais jovem e trabalhar para ganhar dinheiro e investir no grupo. Sentem-
se familiarizados?
“Um microfone comprado na Mão de Pedro improvisador foi a
primeira grande aquisição do grupo, perguntei se essa seria a compra mais
importante, responderam que sim””, não sei se pela minha insistência ou se foi
realmente , hehe”
Fabio* (Fabim): elétrico , seria como uma espécie de definição
do Undregrund pelo que pude acompanhar suas musicas,suas partes em musicas do
grupo para ser mais claro, esse é o lateral do time, tanto ataca , como defende
, é imprevisível, sabe usar bem as punchlines e não se preocupa muito com o que
vai rolar, ele volta rimando sobre o que falou no inicio , no meio do verso,isso
é talento nato, segundo ele, esse é o seu estilo e o estilo do grupo.
Gabriel (Dimy): papo consciente, olhar simples e analisa
tudo o que ocorre em sua volta e tem idéias bem bacanas sobre o crescimento do
grupo, projeta passos longos junto ao time, parece ser uma especie de estrutura,apesar
da cara de jovem, um suporte para ser mais claro, se fosse classificá-lo como
um jogador, na minha visão, não teria como, ele se enquadra como técnico, pela
forma de falar e agir, vai ditando o ritmo das palavras, esse moleque vai
longe.
Após falar sobre cada um dos integrantes do grupo, sobre a
faixa “Um trago de RAP” que conta com um vídeo clip, analisando
tecnicamente a musica, produzida por Benfa
, Lucas Eleve começa usando “trocadilho-de-palavras”
muito inteligentes com a entonação de voz profissional, mansa, chegando na
manha
Se liga na jogada:” anjos ao meu lado, paraíso em pranto, vendendo santo,
um manto machucado”
“cedendo ao encanto mas ao entanto estão todos calados” “ cansados
fardados a falsos deveres sagrados”
Curioso? Confiram o resto!
Seguindo a métrica Gustavo
Smok chega o roubando a cena com uma
voz mais séria e uma historia mais pessoal com duplicidade de voz na track
perfeita, saca só:
“Repare o semblante, olheira no rosto de tanto tentar!”
“E manter a essência do
seu ser humano mano, E manter a essência do seu ser humano mano”
Terceiro verso: trago de rap, a grande jogada para quem
percebe é uma puxada de rap ou trago de trazer um rap? Convivendo nessa selva de pedra Gabriel Dimy
começa a abordar a situação do stress e
da corrupção no plenário:
“A rua é minha casa e ninguém vai me despejar”
E em seguida uma troca de palavras com rimas terminadas e
puxadas com boa respiração do Fábio, se mostrando bem natural, conforme o beat
vai caindo e ele não deixa a fluição
e a energia do grupo morrer terminando a
faixa com segunda voz bem encaixadas e que dão uma cara ao grupo muito original
no cenário do interior de Sp e porque não no Estado de São Paulo e no Brasil? ae pessoal na boa, precisa falar mais alguma
coisa?
Assistam esse trampo super show do connexão 017!
Onde se Lê Lucas é Lucas Eleve
Onde se Lê Gustavo é Gustavo Smok
Onde se Lê Gabriel é Gabriel Dimy
Onde se Lê Fabio é Fabim
Por: Sinal
#souemblema
@souemblema
@sinalrap
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