Vocaloid a nova Onda virtual




Roberto Carlos, Milton Nascimento, Zeca Pagodinho, Madonna. Será que todos esses superastros da música popular correm o risco de desemprego?

Se depender do que acontece em um estúdio em Hollywood, na Califórnia, correm sim o risco de perder o emprego. No estúdio está sendo testado um programa de computador revolucionário. É uma cantora virtual.

O programa é tão novo que, no mundo inteiro, pouquíssima gente, sabe mexer nele. Nos Estados Unidos, por exemplo, só tem uma pessoa: o produtor musical Thomas Bolton. O Fantástico foi até o estúdio do Thomas para ele explicar, afinal, que revolução é essa.

"O programa se chama 'Vocaloid'", diz Thomas. "É um sintetizador vocal, criado pra substituir a voz humana. A gente compõe a melodia, digita as palavras da letra no computador e ele sai cantando!", complementa.

Tudo começou em um estúdio em algum lugar da Europa.
Cientistas pegaram uma cantora profissional e registraram a voz dela. Um programa de computador poderosíssimo destrinchou todos os parâmetros dessa voz. Agora, ela é uma cantora virtual. Quando se instala num computador, você faz dela o que quiser, mais até do que ela seria capaz, quando era humana.

A cantora virtual que o Thomas está testando chama-se "Lola". "Estou gostando muito dessa 'Lola', ela é bem interessante", brinca o produtor.

A essas alturas, "Lola" tem muito pouco a ver com a voz da cantora inglesa que deu origem a tudo isso. Agora, ela está à mercê da criatividade do Thomas, que explica: "Eu sou compositor, mas não sei cantar, e sempre quis fazer músicas com vocal. É complicado eu contratar um cantor e explicar para ele o que eu quero. Com a 'Lola', é só carregar o computador com a letra e a música que eu criei, que ela canta pra mim."

"Lola", a cantora virtual, está sendo descoberta aos poucos. Por enquanto, ela não canta músicas inteiras, complexas.

As vozes que não são vozes de verdade, mas vozes criadas em computador. É a primeira vez que alguém consegue fazer isso.

Os mesmos cientistas que inventaram "Lola" desenvolveram outros dois vocalistas virtuais, ainda mais novos: "Leon", voz masculina, e "Miriam", feminina. Mas esse número pode crescer, e muito!

"No futuro, qualquer um vai poder ser vocalista, mesmo que não saiba cantar nada. É só gravar a voz no computador e fazer a manipulação", explica Thomas.

Mas então, e os nossos heróis do começo dessa reportagem? Roberto, Milton, Pagodinho, Madonna, acabou mesmo pra eles, agora é a vez da "Lola"? Segundo Thomas, ainda não: "Os cantores não precisam ter medo. O vocalista virtual, tipo a 'Lola', vai ser mais usado em coisas experimentais, e para facilitar o processo de composição. A voz humana continua sendo um dos instrumentos mais lindos que existem."

Nessa fase inicial, de testes, os cantores podem ficar tranqüilos. Mais tarde, quem sabe. Astros da música, tremei: "Lola" vem aí!

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