Debate - Midia Alternativa - com Alessandro Buzo , Jessica Balbino e Coletivo Emblema


Nos dias de hoje que a informação tá ai de graça, mais abundante que água, apenas não vê quem não quer, e no segmento que mais cresce , o movimento Hip Hop , vem alavancando milhares de seguidores no que diz respeito a mídia alternativa, elogio muito a parceria de blogs/ site do genero, que se ajudam tentando promover música, arte e noticias. porém o hip hop ainda tenta um espaço em canais de TV,
ou seria a TV que quer o hip hop de qualquer jeito nela?

Chamamos especialistas em tempos onde os ativistas da cultura hip hop, operam em diversas funções, como Mc, Produtor, Blogueiro, Fã, Beatmaker ou mesmo uma profissão sem relação com a cultura e muitas outras. Tudo isso em prol de uma independência que parece alimentar a vontade desses que formam essa mídia paralela em constante expansão.

Cooperação que muitas vezes passa despercebida a olhos de muitos, faz com que o ritmo de crescimento desse movimento cresça tão rapido a ponto de quase acompanhar a tecnologia que lhe serve de ferramenta. Essa midia continua seu caminho em busca de espaço, mas permanecem icognitas como profissionalização, divulgação em massa e até mesmo uma valorização ...
... dos proprios consumidores dessa informação compartilhada,Um debate idealizado por Felipe Nikito e organizado juntamente com Sinal Veja as palavras de Alessandro Buzo e em seguida as de Jessica Balbino.





Alessandro Buzo :



---Você dirigiu já um filme , junto com o com Toni Nogueira , como foi essa experiência e como você considera o investimento no cinema brasileiro?


Alessandro Buzo: Acho que o investimento existe e é alto, mas ele é para nomes consagrados que trazem atores globais em suas tramas, pra obras como o Profissão MC ainda é difícil. Ele mesmo não captou um unico real e agora não consigo grana pra um segundo filme.
Mas a experiência foi incrível, mesmo sem recursos provar que podemos e sabemos fazer.

------Como você descreve a mídia atual e a atenção que ela da aos livros que não são do agrado comercial?


Buzo: O espaço é pouco pra tantos lançamentos, eles mal cobrem eu (Buzo), Ferréz, Sérgio Vaz, Sacolinha....quanto mais os independentes que a cada mês publicam novas obras, muitos deles de estréia.
Enquanto isso o BBB por exemplo que é alienação em massa sai todo dia no jornal. FATO.

-----Quando você cria uma musica e ela não ta boa você vai para volta analisa, deixa de lado, mas e um livro, que é um processo muito maior, como o buzo faz pra escrever tanto, e ainda tem tempo de ler vários livros?
Buzo: Ler vários livros é preciso, só acredito em quem escreve e lê.
Eu não sou muito de ficar lendo, relendo e voltando e mudando. Meu estilo é mais direto, escrevo e pronto, isso pode ser bom ou não. Mas é assim que eu sou.


---Como você vê a força da mídia independente, voltada principalmente ao Hip Hop ?


Buzo: Temos alguns sites muito bacana, foquei eles no livro: Hip Hop - Dentro do Movimento.
Mas falta investimento, nas entrevistas do livro você percebe, nenhum site desses da lucro, então os cara faz por amor e se sustenta de outros corres. Não deveria ser assim, precisava incentivar essas pessoas financeiramente, o governo, as empresas privadas, mas sendo de Hip Hop é sempre mais complicado.

---O que você acha do distanciamento da musica atual de forma geral, em relação a poesia? Você acha q As letras musicais hoje não importam tanto quanto a "Moda" musical, falta uma reaproximação da musica em relativa a Arte escrita?



Buzo: Não acho que tenha ligação direta, música é música, poesia é poesia. Acho que as letras dos Racionais Mcs são poesia por exemplo.



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Jessica Balbino :

----Como você vê a força da mídia independente, voltada principalmente ao Hip Hop ?


Acho a mídia independente fundamental, não apenas no hip-hop, mas como um todo. Acho que parte de um movimento de resistência e que precisa ser mantido. Quanto houver pessoas dispostas a noticiar, sem se submeterem a regras e a dinheiro, haverá cabeças pensantes sendo informadas e abastecidas. Quanto ao hip-hop, penso que ela enriquece bastante a cultura e ajuda a disseminar as informações que se elas não existissem, levariam o dobro ou o triplo de tempo para chegar a algumas pessoas.

---O que você acha da cooperação entre os "operários" da mídia independente ?A grande mídia não possui essa cooperação? Ela pode vir a ser tão comunitária assim?

Acho importantíssimo, como eu disse, que exista a mídia independente, porém, não é porque é independente, que precisa ser amador. Acho que pode existir cooperação e profissionalismo.

-----O que você acha das criticas de uma parcela do publico a artistas do rap que entram em contato com a grande mídia? Existe uma parcela do publico do rap preconceituosa nesse sentido, e qual o tamanho dela na sua opinião?

Acho ignorância quem não vai a grande mídia. Na verdade, acho um discurso ultrapassado. É possível estar em evidência e manter a essência. Achar o ponto de equilíbrio é que é difícil e muita gente se perde nisso, porém, não vejo problema algum em freqüentar a grande mídia. Vejo problema sim, em dizer algo e fazer outro completamente diferente. Aí sim, tanto diante dos holofotes como nos bastidores é vergonhoso.


------Como esta a profissionalização , das mídias alternativas no Brasil e como ela vê o futuro da mesma ?

Vejo que caminham para uma profissionalização. Há um interesse em aprender mais, em fazer cursos, em se dedicar a uma área e isso é completamente produtivo, bom e interessante. Vejo como oportunidade de crescimento.

-----Mesmo que seja amigo de um jornalista que trabalhe com isso, geralmente muitos fazem por amizade, alguns beatmakers fazem beats por amizade , isso atrapalha na profissionalização deveria ser pago um valor simbólico pra honrar o trabalho feito?
É fato. Eu só trabalho se for para receber e faço questão de pagar pelo trabalho que solicito. Se eu vou na padaria, tenho que pagar pelo pão, mesmo sendo amiga do padeiro, não né? O mesmo vale para o hip-hop. Meu trabalho, assim como o seu, o de fulano, de beltrano tem que ser valorizado e preciso pagar por ele.

AGUARDEM A PARTE II da Entrevista Sobre Mídia Alternativa

#Souemblema

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